22 março 2006

Quaternaglia lança DVD

Dia 30/03, quinta - feira, 21h.
SESC Ipiranga - São Paulo
Rua Bom Pastor, 822 - Tel: 3340-2000
email@ipiranga.sescsp.org.br
Preços: R$20,00; R$10,00; R$7,00 à venda em todas as unidades do SESC SP

Maiores detalhes sobre o DVD nesta entrevista ao Violão Intercâmbio

*** Cordas eternas ***

A tecnologia de fabricação de violinos
atingiu seu auge nos anos 1700 – época
em que foram criados os Stradivarius

João Gabriel de Lima

A fabricação de instrumentos de arco constitui um caso raro de tecnologia
que atingiu seu ápice nos idos de 1700. Nenhum pianista profissional
trocaria um Steinway fabricado hoje, seguindo os avanços da engenharia
acústica moderna, por um Pleyel do século XIX, com sua sonoridade rala e
opaca – por mais que seu teclado tenha sido dedilhado por Liszt ou Chopin.
Com os violinos, violas e violoncelos ocorre o contrário. Os virtuoses
preferem instrumentos fabricados na cidade italiana de Cremona entre 1698 e
1730, período áureo do luthier Antonio Stradivari, que também assinava
Stradivarius. O israelense Itzhak Perlman, o maior violinista vivo, e Maxim
Vengerov, russo que é o atual pop star do instrumento, tocam em
Stradivarius. A alemã Anne-Sophie Mutter, musa da música de concerto, não
gosta que nada se interponha entre ela e seu Stradivarius – por esse motivo,
usa vestidos tomara-que-caia desenhados para ela pela grife Dior. O celista
franco-chinês Yo-Yo Ma abriu mão da oportunidade de comprar um Stradivarius
porque isso causaria um rombo nas finanças da família (essas raridades
costumam custar em torno de 1 milhão de dólares). Um mecenas, porém, comprou
para ele um violoncelo do mestre cremonense, e hoje Ma usa em seus concertos
um Davidov – os Stradivarius em geral são chamados pelo nome do primeiro
proprietário e, como os cães de raça, vêm com pedigree.

O que faz de um Stradivarius um Stradivarius? De acordo com o americano Toby
Faber, autor de Stradivarius – Cinco Violinos, Um Violoncelo e Três Séculos
de Perfeição (Editora Record, 39,90 reais, 278 páginas), trata-se de uma
mistura entre fetiche e razões puramente acústicas. Quando Stradivari
morreu, em 1737, ele era considerado um grande luthier, mas não maior do que
outros que haviam feito nome na mesma época, como Amati e Guarneri. A
mística em torno de seus instrumentos começou no fim do século XVIII, quando
o italiano Giovanni Viotti, pai da moderna arte do violino, adotou o
Stradivarius como sua marca predileta. Viotti era uma espécie de pop star de
seu tempo. Circulava entre a nobreza e as celebridades – foi amante de
Catarina, a Grande, da Rússia, e era amigo do escritor François-Marie
Arouet, o Voltaire. Sua influência transformou o Stradivarius num objeto de
desejo. Outro italiano sucedeu a ele no trono dos superviolinistas, o
lendário Niccolò Paganini. O genovês de quem se dizia ter pacto com o
demônio sentiu na carne – ou na auto-estima – a excelência dos Stradivarius.
Ele próprio preferia tocar num violino construído por outro luthier,
Guarneri del Gesù. Seu instrumento, ligeiramente mais tosco, era apelidado
de "canhão". Um de seus rivais na música era o virtuose polonês Karol
Lipinski. Um dia, os dois tiveram a oportunidade de duelar num concerto – e
Lipinski, dono de um Stradivarius batizado com o próprio nome, levou a
melhor. Paganini curvou-se à excelência do luthier cremonense. Fez mais que
isso: comprou um quarteto de cordas fabricado por Stradivari e batizou os
instrumentos com seu nome, para valorizá-los. Os quatro "Paganini" passaram
de mão em mão e hoje são usados pelo Quarteto de Cordas de Tóquio. Os
japoneses pagaram 15 milhões de dólares pelos instrumentos. As histórias do
"Lipinski", do "Viotti" e dos "Paganini" são narradas em detalhes no livro
de Faber.

A mística do Stradivarius não é, no entanto, apenas fruto das aventuras e
lendas que acompanham os instrumentos. Efetivamente, os violinos, violas e
violoncelos fabricados pelo luthier cremonense ainda soam melhor do que os
similares modernos, na avaliação dos virtuoses que os usam. Como isso é
possível? Não se sabe ao certo. Stradivari viveu mais de noventa anos, mas
não ensinou a ninguém a totalidade de seus segredos. Ao longo de três
séculos seus violinos foram pesados e medidos, e suas proporções
exaustivamente estudadas. Recentemente, eles foram esmiuçados de acordo com
os mais modernos recursos da ciência. Tudo em vão. A chamada difração de
raios X foi eficaz para decifrar a estrutura do DNA, mas teve pouco sucesso
em desvendar a química do Stradivarius. Costuma-se atribuir a sonoridade
ampla e cheia de nuances ao tratamento da madeira, que teria qualidades
acústicas superiores. Uns dizem que o segredo é o verniz, enriquecido com
cinzas vulcânicas. Outros defendem que é o fato de a matéria-prima,
originária de barcos venezianos, ter ficado anos embebida na água salgada.
Não há, no entanto, uma conclusão definitiva. Poucas áreas da ciência
acústica evoluíram tanto quanto a tecnologia de fabricação de instrumentos.
A exceção são os violinos, violas e violoncelos. Culpa de Antonio
Stradivari, que estava na vanguarda tecnológica em 1700 e continua imbatível
até hoje.

Revista Veja, Edição 1948 . 22 de março de 2006

Entrevista com José Lucena Vaz



Geraldo Vianna conversou com o pioneiro do violão erudito em Minas Gerais. Leia a matéria nesse link

Recital com o Duo Corda Solta - Jaime Ernest Dias e Matheus Caetano

23 de Março de 2006, 20h30
Sala le Corbusier, Embaixada da França
Quadra 801 Sul, Brasília

A ocasião marca o lançamento do primeiro CD do grupo

21 março 2006

Recital de Violão No Palco de Arte

Com:Thiago Oliveira
Joel Souza
Paulo Vinícius

Alunos bacharelando do curso de Música na UFU Interpretaram obras de J.S. Bach, D. Scarllat, M. Torroba, Manuel Ponce, Sérgio Assad, Villa Lobos, Leo Brower entre outros.

Dia: 26/03(domingo) ás 20:00
Palco de Arte
Rua Coronel Manoel Alves 22 – Fundinho - Uberlândia
5,00 R$ Intreira
2,50 R$ Meia

BRAVIO divulga programação completa de 2006

Encontros da BRAVIO - mensalmente, uma atividade didática às 15h (entrada franca) e um concerto às 20h (R$ 16 inteira e R$ 8 meia).
Todas as atividades serão no SESC 504 Sul

11 de março
Quarteto Artesanal

08 de abril
Júlio Cruz

13 de Maio
Alvaro Henrique

10 de Junho
Eustáquio Grilo

15 de Julho
Duo Retocar (Kolmar e Ronaldo)

05 de Agosto
Masao Tanibe (Japão)

16 de Setembro
Marambaia

21 de Outubro
Fernando Dell'Isola

11 de Novembro
Emanuel Nunes

09 de Dezembro
André Marques Porto

Maiores informações nesse link

Série Hespérides de Música das Américas - 2006

Encontros no CENA - Centro de Encontro das Artes -
Rua Ibiaté, 52 - Itaim Bibi - São Paulo

Março

Dia 25 - sábado - 18 horas
Radamés Gnattali - 100 anos
Paulo Porto Alegre, Daniel Murray, Eduardo Minozzi Costa (violões), Rosana Civile (piano)

Programa:
Pequena Suíte (violão solo)
Suíte de Danças Brasileiras (violão e piano)
Suíte Retratos (3 violões)
Suíte Brasileira (3 violões e piano)

Dia 26 - domingo - 18 horas
Radamés Gnattali - 100 anos
Rogério Wolf (flauta), Paulo Porto Alegre (violão), Rosana Civile (piano)

Programa:
Sonatina para violão e piano
Sonatina para flauta e violão
Brasiliana nº 5 (piano solo)
Sonatina para flauta e piano

Entrada franca. Favor confirmar a presença.
hesperides@hesperides.mus.br

20 março 2006

Recital de Fábio Zanon

No programa, seis árias da ópera de Mozart A Flauta Mágica, transcritas para o violão e três peças de Radamés Gnatalli.
Auditório da Fundação Maria Luisa e Oscar Americano
Avenida Morumbi, 4077, Morumbi, 3742-0077
Domingo, 26 de março, 11h30
R$ 8,00

Recital do QUARTETO TAU

Dia 24 de março de 2006 - sexta-feira
Local: Musicalis
Rua Dr. Sodré, 38 – Itaim Bibi
Horário: 20h30
Ingressos: R$10 e R$5 (meia-entrada)
Informações e reservas: (11) 3845-1514

Quarteto Tau:
* Breno Chaves
* Fábio Bartoloni
* José Henrique de Campos
* Marcos Flávio

PROGRAMA:
Alberto Nepomuceno – Quarteto nº 3 – “Brasileiro” (transcr. Quarteto Tau)
Radamés Gnattali – Quarteto nº 1
Edmundo Villani-Côrtes – Buarquiana (arr.: Giacomo Bartoloni)

17 março 2006

Recital de Flauta e Violão com Nara Franca e Roberto Rozado

Dia 19 de março, 20:30hs
Auditório do DEF (Departamento de Engenharia Florestal) – UFV - Viçosa
Entrada Franca

Recital de João Aris Valle Kouyoumdjian

No programa, obras de Villa-Lobos, Bach, Dilermando Reis, e Fernando Sor
Rio Preto Automóvel Clube (S. J. do Rio Preto)
Dia 18 de março, sábado, 21:00h
Entrada gratuita

16 março 2006

Marcus Tardelli recria a obra de Guinga em cd que revela a diversidade temática do compositor

Marcus Tardelli é um solista por vocação. Quando começou a tocar violão, aos sete anos de idade, seus maiores professores foram discos e fitas, dos quais tirava intuitivamente as músicas. Autodidata, foi no convívio solitário com as melodias que se construiu o grande músico em que se transformou. Todo este talento pode ser conferido em Unha e Carne, seu primeiro disco solo, que lança pela Biscoito Fino. Em 2001, o violonista conheceu Guinga, dando início a uma amizade fortificada pela cumplicidade musical: “Eu o vejo como meu filho, e ao mesmo tempo pai da minha música. Tardelli é o maior violonista que o Brasil produziu. É tecnicamente perfeito. Não há barreiras intransponíveis quando ele quer a interpretação mais profunda”, sentencia Guinga.

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Abertutra do Movimento Violão

29 de março as 21:00 hs
Teatro Municipal de São Paulol
duo Cecília Siqueira e Fernando Lima.

A série será sempre na última quarta-feira de cada mês

Centro Cultural Banco do Brasil realiza inscrições para projetos culturais

As inscrições para 2007 podem ser feitas de 15 de março à 15 de abril de 2006 exclusivamente na Internet, no site www.bb.com.br/cultura. Os projetos podem ser para as unidades do CCBB em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.

15 março 2006

I Encontro Internacional de violão de Tatui-SP

Dias 20-23 de abril de 2006
Presenças confirmadas de Eduardo Isaac, Paul Galbraith, Quarteto Brasileiro de Violões, Eduardo Meirinhos, Henrique Pinto, Angela Muner.
Curso gratuito, com master class, palestras e recitais.
Maiores informações: www.cdmcc.com.br e (15) 3251-4311