13 novembro 2007

RJ - 45º FESTIVAL VILLA-LOBOS

HOMENAGEIA SEU PATRONO NOS
120 ANOS DE SEU NASCIMENTO

Comemorando os 120 anos de nascimento de seu patrono, o FESTIVAL VILLA-LOBOS será dedicado à voz, um dos meios mais caros ao compositor, através do qual deu vazão a seu grande talento de melodista.

O evento foi dividido em quatro recitais temáticos:

O título CORDAS QUE CANTAM é um jogo de palavras feito a partir de "cordas vocais" e cordas instrumentais, uma vez que o programa se caracteriza por peças para canto que têm o acompanhamento de instrumentos de cordas, sejam elas "dedilhadas", como o violão, sejam as "friccionadas" como o violino, a viola e o violoncelo, que também terão seu espaço solista. Aqui teremos, entre outras, a popularíssima "Ária" da Bachianas Brasileiras N° 5, a virtuosística Suíte para Canto e Violino e títulos praticamente inéditos como a Ave Maria e o Padre Nosso para voz e quarteto de cordas. Além dos temas vocais, a apresentação do Quarteto de Cordas N° 5 e do Prelúdio N° 1 para violão darão uma amostra não só de como o compositor se apropriou do cancioneiro folclórico em sua música instrumental, como também de sua habilidade em fazer cantar os instrumentos.

O programa CANTOS FRANCO-BRASILEIROS se propõe a mostrar a forte influência que a cultura francesa exerceu sobre a cultura brasileira na virada do século XIX para o século XX, algo equivalente ao que a cultura norte-americana passou a exercer em todo o mundo a partir da Segunda Guerra Mundial. De Villa-Lobos destaca-se o Poema da Criança e Sua Mamã, sobre texto do próprio compositor, que o assina sob o pseudônimo de Epaminondas Villalba Filho. Este, aliás, é um dos pouquíssimos temas vocais de sua autoria onde flerta com o vanguardismo. Dois outros compositores foram escolhidos para o programa: Glauco Velásquez e Alberto Nepomuceno, com destaque para este último, que aparece com uma belíssima série de quatro canções, também com ares de ineditismo, intitulada Le Miracle de la Semence.

Em CANTOS SEM FRONTEIRAS segue-se com a diversidade das influências culturais estrangeiras. Escritas por pura inspiração ou mesmo sob encomenda, Villa-Lobos, além do francês, abordou em seu cancioneiro o italiano, o espanhol e o inglês. E foi em inglês que escreveu seu único musical, Magdalena, de caráter totalmente "broadwayniano" e que, somente em 2003, teve sua estréia no Brasil, durante o Festival Amazonas de Ópera. Na época da "première" mundial, Villa-Lobos viu sua criação musical ser exaltada pela exigente crítica norte-americana, a mesma que, de outro lado, não perdoou o libreto, inspirado numa história passada na Colômbia. Complementando o programa, mais três grandes criadores: Francisco Mignone, Alberto Nepomuceno - que, apesar de sua forte atenção pelo nacional, beberam fortemente da cultura européia - e Carlos Gomes, o maior autor de óperas brasileiro de todos os tempos.

CANTOS BRASILEIROS revela o lado mais nacional de Villa-Lobos, através de três séries. Duas delas - Canções Indígenas e Três Poemas Indígenas - colocarão o ouvinte diante da temática que foi tão cara ao compositor e que sempre se manteve presente, de forma direta ou indireta, em sua produção musical. Finalmente, as Canções Típicas Brasileiras, um delicioso retrato musical do Brasil, que contém, além de temas populares de autoria de Mário de Andrade e de Catullo da Paixão Cearense, parte do resultado da pesquisa musicológica empreendida por Roquette Pinto em suas viagens pelo interior do Brasil, durante a expedição Rondon. Tudo isso emoldurado pelo talento villa-lobiano. Complementando o programa, serão ouvidas canções folclóricas brasileiras, arranjadas por outro grande mestre carioca: Luciano Gallet, compositor e arranjador inovador, prematuramente morto, aos 38 anos.

E, dando seguimentos aos ideais do Villa-Lobos educador, o Festival apresentará, ainda, os tradicionais concertos didáticos. De sua programação fazem parte três atrações. A primeira, a Orquestra de Sopros da Pro Arte (antiga Flautistas da Pro Arte); as outras duas, os conjuntos Amadeus e Os Pequenos Mozart, formados por meninos e jovens a partir dos 3 anos, vestidos com roupas de época (séc. XVIII). "Os Pequenos Mozart" foi criado há sete anos, e seus integrantes, depois de se aperfeiçoarem no estudo do violino, passam a fazer parte do "Amadeus".

Prestigiando as comemorações pelo aniversário de Villa-Lobos, duas importantes instituições cariocas rendem sua homenagem ao compositor: a Banda Sinfônica do Corpo de Fuzileiros Navais, com seus cerca de 120 integrantes, e a Escola de Música da UFRJ, através da Orquestra de Sopros da UFRJ.


Link com a programação do Festival
http://www.museuvillalobos.org.br/45FVL.html


Data do evento: 11 de Novembro 2007 e termina em 24 de Novembro 2007

Museu Villa-Lobos
Rua Sorocaba, 200
Botafogo
Rio de Janeiro
RJ 22271-110
Brasil
telefaxes: (55-21) 2246-8364 / 2539-1715 / 2266-1024 / 2266-3894 / 2266-3845 / 2286-3097
sítio: http://www.museuvillalobos.org.br

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